Começamos 2019 com tudo novo: novo governo, novas propostas para que o Brasil siga o caminho do desenvolvimento, com as reformas que se fazem necessárias e a diminuição dos gastos do governo. Apoiamos uma política tributária mais justa, o combate à corrupção e a aplicação dos recursos públicos de forma correta e transparente, como quer o novo governo.
Nós contadores temos as informações e os instrumentos de controle que podem ajudar a passar a limpo as contas públicas, alicerçadas na governança, no compliance, nas práticas regulatórias, com responsabilidade e ética.
De tempos em tempos, aparecem notícias profetizando que esta ou aquela profissão vai acabar. De fato, com a evolução tecnológica, muitos profissionais acabaram perdendo seus cargos – caso das telefonistas, dos acendedores de lampiões ou dos vendedores de enciclopédias.
Certamente, não é o caso dos profissionais da contabilidade. Apesar de já estarmos em plena 4ª Revolução Industrial, com emprego de inteligência artificial, o trabalho do profissional da contabilidade requer continuidade da aprendizagem, empatia com o cliente e decisões analíticas.
Não apenas não seremos extintos como pudemos comprovar na nossa recente participação no World Congress of Accountants (WCOA 2018), em Sydney, Austrália, com a presença de quase 6.000 profissionais de 131 países presentes, que a contabilidade é uma ciência que exige estratégia, pois toda informação obtida – mesmo que seja por inteligência artificial – terá que ser conferida, analisada e chancelada pelo profissional da contabilidade.
Nós queremos contribuir para uma política econômico-social nova para o nosso país porque somos uma profissão que passou por uma série de mudanças que ajudaram a melhorar nosso desempenho profissional, contribuiu para o crescimento dos empreendimentos e pode ajudar a salvar nosso país!
Os contadores passaram de relevantes a essenciais. Somos profissionais de tomada de decisão e não apenas de organização da informação, pois esta já está sendo estruturada e organizada pelas plataformas de reconhecimento digital da informação, os Robotic Process Automation (RPA), a Artificial Intelligence (AI), a Internet of Things (IOT), entre tantas outras soluções tecnológicas exponenciais.
Se o mundo não acabou no ano 2000 como alguém pode afirmar que a profissão contábil vai acabar em poucos anos? Em 1946 conquistamos a regulamentação da profissão contábil em nosso país como guarda-livros e hoje, nem livros temos mais para guardar.
Que a transformação sempre presente em nossas vidas traga a simplificação desejada e que a automatização de processos impacte positivamente na vida de todos os contadores.
Um Brasil melhor precisa de mais contadores habilitados colaborando com um ambiente de negócios muito mais harmonizado e menos burocrático. Uma sociedade qualificada entende e respeita a contabilidade e não a confunde com burocracia brasileira.
Contabilidade evidencia, revela, sinaliza, demonstra, inspira, simplifica a vida e dá condições plenas para que todo e qualquer patrimônio seja gerido com responsabilidade, zelo e transparência.
Quem procura só preço e compara a contabilidade a qualquer coisa chata com certeza arca com o ônus em ignorar como nós contadores somos protagonistas em atuarmos com transparência na proteção do interesse público.
Onde há ordem existe progresso e onde há progresso tem sempre contabilidade reconhecida, valorizada e feita por profissionais da contabilidade devidamente habilitados.
Não existe fé pública e nem fé tecnológica sem a presença do profissional da contabilidade. Nada substitui a essência existente na subjetividade das decisões. Essa capacidade humana todos nós profissionais da contabilidade já detemos e precisamos sempre nos orgulhar de ter um CRC.
*Presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo (CRCSP).
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