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Foto do escritorMartello Contabilidade

Entenda o esquema de fraudes tributárias que lesou 3,5 mil empresas no país

Foram cumpridos 24 mandados de prisão em SC e outros três estados

Ao menos 3,5 mil empresas de todos os estados brasileiros foram lesadas por uma organização criminosa especializada em fraudes tributárias. O principal núcleo do esquema estava em Florianópolis, onde sete pessoas foram presas preventivamente nesta terça-feira (05), durante a Operação Saldo Negativo, realizada pela Policia Federal e Receita Federal.

. Um dos alvos na Capital catarinense não foi encontrado.

Segundo a Polícia Federal, embora a cabeça do esquema estivesse em Santa Catarina, o grupo criminoso se ramificava para outros três estados e tinha representantes que atuavam em todo o país. A investigação, iniciada ainda em 2017, identificou que o grupo fez vítimas em quase 600 municípios.

Auditor fiscal, Rogério Pena, explicou em entrevista à CBN Diário, que os envolvidos no esquema simulavam créditos que não existiam, para oferecer às empresas que estavam com dívida junto a Receita Federal:

— Eles procuravam dar cara de verdadeiro aos créditos falsos e, nessa oferta, exigiam procuração eletrônica ou, mais recentemente, a própria assinatura eletrônica da empresa.

Dessa forma, o grupo passava a ter controle sobre todo o envio de declarações realizadas pelas empresas e conseguia realizar alterações nas declarações de crédito ou pedidos de compensação, mantendo o controle para que a empresa demorasse a perceber que estava sendo enganada.

— Se a empresa devia 100 (não mencionou a cifra), eles vendiam o crédito por 70. A empresa acreditava que estava obtendo desconto e quitando a dívida, quando, na verdade, estava enriquecendo a organização criminosa — explicou.

De acordo com a Polícia Federal, se a fraude de tributos não fosse identificada, o esquema geraria um prejuízo de R$ 2,3 bilhões aos cofres públicos.

No total, foram cumpridos 24 mandados de prisão em quatro estados brasileiros: sete na Capital de SC, inclusive um servidor da Receita Federal, um em Indaial, no Vale do Itajaí, cinco em Brasília, 10 em São Paulo e um no Paraná. Uma pessoa não foi encontrada em Florianópolis e está foragida.

Saiba como funcionava o esquema:


(Foto: Arte DC)

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